Os alunos do 4º ano devem ser preparados para asProvas de Aferição? Como?
8 comentários:
Anónimo
disse...
Na minha escola têm preparado os alunos do 4º ano para as provas de aferição, realizando semanalmente provas. Fazem-nos entrar por ordem, lêem as instruções, tudo como se fosse no dia da prova.
(queixam-se que a quota de cópias atribuída no início do ano, assim não dá!)
Sinceramente não consigo perceber para o que é que estes alunos estão a ficar preparados. :s
Pergunto-me até: - eles não deviam treinar exercícios semelhantes?
- o treino (realização) de exercícios não faz parte do currículo (do 1º, 2º, 3º e 4º anos)?
- Nas provas de aferição, será mais importante a forma ou o conteúdo?
Madalena, eu precisava da password para também colocar coisas aqui, será possível enviar-me? Bons debates e sempre em cima do acontecimento aqui, Parabéns! Carla Cibele
Sabemos que as provas de aferição não determinam a avaliação dos alunos, dizem que a partir de agora contarão para avaliar os professores. Será ou não?!
Estas provas de aferição, também chamadas de «aflição», são, supostamente, para aferir acerca das competências adquiridas pelos alunos. Todavia, apesar de terem peso na avaliação dos alunos, têm peso na avaliação do professor e da escola. O meu filhote fê-las o ano passado e foi bem "treinado" (a meu ver) para elas. Não em termos de entrada e saída da sala, mas no tipo de exercícios, no pormenor de se habituarem a usar uma folha de rascunho, tudo sem dramas, passou a ser assim que se fazia e não por causa da prova.E é um hábito que perdura nas suas estratégias de trabalho. Parece-me, também, que o tipo de exercícios que constam nas provas, sobretudo de Matemática, está muito longe do que continua a constar nos manuais. E se calhar... (digo eu que já ando nestas coisas há 15 anos e que vi dois filhos passarem por este processo)é por aqui que se tem de começar... Esta coisa de se seguir religiosamente o manual «dá-me comichão»...
Paula ainda bem que falou nos manuais. A verdade é que se formos procurar neles o cerne do currículo matemático, - resolução de problemas, temos dificuldade em encontrar aqueles que exercitam o raciocínio. Mas como a Paula diz, esta coisa de seguir à letra os manuais deveria fazer-nos reflectir.
Já agora partilho convosco que na minha escola um dos trabalhos de casa, de uma das turmas de 4º ano, era uma folha com 25 contas de dividir! Parece-me bem que os alunos conheçam (um dos, que é o que se ensina) o algoritmo da divisão (e os restantes), mas fazer disso o centro da Matemática, não parece ser o mais correcto.
Este ano não tento porque tenho um 2º ano, mas no ano passado fiz com uma turma de 4º ano todo o trabalho de "preparação" para as provas de aferição.
A minha experiência diz-me que não é preciso fazermos dramas nem substimarmos as crianças. As entradas e saídas, os tempos e os toques, e mesmo as mudanças de professores e até de escola (como aconteceu com algumas turmas em Sesimbra)foi "canja" para os miúdos. Nós, professores, estávamos mais nervosos do que eles.
A questão é mesmo a do tipo de questões que os alunos (não) estão habituados a trabalhar. E não é no 4º ano que se trabalham ou como em alguns casos, no 3º período do 4º ano. Deveria ser desde o 1º ano, para não dizer antes. As provas de aferição são feitas desde o ano 2000 (se não estou enganada) e portanto já passaram 8 anos, tempo mais que suficiente para os professores refletirem sobre o que é melhor para os alunos.
- Apoiar ex-alunos licenciados pelas Escolas Superiores de Educação e outros, na sua inserção profissional; -Incentivar a divulgação, debate e reflexão sobre as experiências de trabalho, especialmente durante os primeiros anos, mas também ao longo da profissão; - Debater questões relacionadas com a construção e desenvolvimento profissional do professor; - Reflectir, conhecer e encontrar respostas para as necessidades de formação dos professores; - Conhecer e divulgar a continuidade dos percursos de formação e de investigação dos professores após a sua formação inicial.
8 comentários:
Na minha escola têm preparado os alunos do 4º ano para as provas de aferição, realizando semanalmente provas. Fazem-nos entrar por ordem, lêem as instruções, tudo como se fosse no dia da prova.
(queixam-se que a quota de cópias atribuída no início do ano, assim não dá!)
Sinceramente não consigo perceber para o que é que estes alunos estão a ficar preparados. :s
Pergunto-me até:
- eles não deviam treinar exercícios semelhantes?
- o treino (realização) de exercícios não faz parte do currículo (do 1º, 2º, 3º e 4º anos)?
- Nas provas de aferição, será mais importante a forma ou o conteúdo?
Beijo,
Madalena.
Madalena, eu precisava da password para também colocar coisas aqui, será possível enviar-me?
Bons debates e sempre em cima do acontecimento aqui, Parabéns!
Carla Cibele
Sim claro. Já seguiu, de novo!:)
Madalena.
Sabemos que as provas de aferição não determinam a avaliação dos alunos, dizem que a partir de agora contarão para avaliar os professores. Será ou não?!
MM
Estas provas de aferição, também chamadas de «aflição», são, supostamente, para aferir acerca das competências adquiridas pelos alunos. Todavia, apesar de terem peso na avaliação dos alunos, têm peso na avaliação do professor e da escola.
O meu filhote fê-las o ano passado e foi bem "treinado" (a meu ver) para elas. Não em termos de entrada e saída da sala, mas no tipo de exercícios, no pormenor de se habituarem a usar uma folha de rascunho, tudo sem dramas, passou a ser assim que se fazia e não por causa da prova.E é um hábito que perdura nas suas estratégias de trabalho.
Parece-me, também, que o tipo de exercícios que constam nas provas, sobretudo de Matemática, está muito longe do que continua a constar nos manuais. E se calhar... (digo eu que já ando nestas coisas há 15 anos e que vi dois filhos passarem por este processo)é por aqui que se tem de começar... Esta coisa de se seguir religiosamente o manual «dá-me comichão»...
Outras ideias
Paula ainda bem que falou nos manuais. A verdade é que se formos procurar neles o cerne do currículo matemático, - resolução de problemas, temos dificuldade em encontrar aqueles que exercitam o raciocínio.
Mas como a Paula diz, esta coisa de seguir à letra os manuais deveria fazer-nos reflectir.
Já agora partilho convosco que na minha escola um dos trabalhos de casa, de uma das turmas de 4º ano, era uma folha com 25 contas de dividir! Parece-me bem que os alunos conheçam (um dos, que é o que se ensina) o algoritmo da divisão (e os restantes), mas fazer disso o centro da Matemática, não parece ser o mais correcto.
Beijinho,
Madalena.
Este ano não tento porque tenho um 2º ano, mas no ano passado fiz com uma turma de 4º ano todo o trabalho de "preparação" para as provas de aferição.
A minha experiência diz-me que não é preciso fazermos dramas nem substimarmos as crianças. As entradas e saídas, os tempos e os toques, e mesmo as mudanças de professores e até de escola (como aconteceu com algumas turmas em Sesimbra)foi "canja" para os miúdos. Nós, professores, estávamos mais nervosos do que eles.
A questão é mesmo a do tipo de questões que os alunos (não) estão habituados a trabalhar. E não é no 4º ano que se trabalham ou como em alguns casos, no 3º período do 4º ano. Deveria ser desde o 1º ano, para não dizer antes. As provas de aferição são feitas desde o ano 2000 (se não estou enganada) e portanto já passaram 8 anos, tempo mais que suficiente para os professores refletirem sobre o que é melhor para os alunos.
Célia Miranda
Na mensagem anterior, leia-se "este ano não tenho esta pressão" em vez de "não tento"
Célia Miranda
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